Gradis metálicos eletrofundidos associam segurança e versatilidade

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Além de segurança, o gradil metálico também valoriza a fachada (foto: shutterstock.com / Vandathai)



Além de segurança, o gradil metálico também valoriza a fachada (foto: shutterstock.com / Vandathai)


O gradil metálico oferece segurança ao espaço cercado e, simultaneamente, valoriza a fachada do empreendimento nele construído. “Além de evitar a entrada de pessoas não autorizadas, a solução deixa a construção visível para quem trafega pelo lado de fora”, destaca Viviane Paola, coordenadora de Vendas da Metalgrade Pisos Industriais. Bastante empregado no perímetro dos terrenos, o material também é opção para as áreas internas, como piscinas e playgrounds.

“Nesses casos, é produzida uma estrutura pequena para evitar que crianças acessem os recintos de lazer sem a vigilância de adultos. O gradil pode ser usado também nas quadras poliesportivas, onde impede que a bola ultrapasse os limites do campo”, complementa José Roberto Frutuoso, diretor Comercial da Pisometal. O produto ainda marca presença em obras industriais, por exemplo, isolando o setor de máquinas e equipamentos.

A qualidade dos gradis metálicos eletrofundidos começa a ser conquistada já no processo de fabricação, que utiliza sistemas sofisticados de eletrofusão. As peças de aço são colocadas em uma máquina que, através de descargas elétricas, superaquecem o ponto de encontro entre elas, dispostas nas posições vertical e horizontal. Com isso, o arame redondo é fundido às barras chatas, formando grandes malhas de aspecto retangular ou quadrado.

“É criada estrutura única e homogênea, ou seja, sem nenhuma solda. Essa característica técnica garante elevada durabilidade contra ferrugem, melhora a estanqueidade e oferece maior rigidez. O resultado é um gradil de custo-benefício incomparável, com beleza, leveza e que se adapta à arquitetura de qualquer tipo de obra”, ressalta Frutuoso.

Além do arame redondo e barras chatas, a solução é composta por outros componentes. As molduras, que ficam na posição horizontal — uma inferior e outra superior —, são responsáveis por prender o gradil nos pilares de sustentação com uso de parafusos. Já a fixação no piso é feita por meio de concretagem ou através de sapatas com furos que recebem chumbadores de expansão.


COMO COMPRAR

De acordo com Paola, no momento de comprar o produto, a construtora deve informar ao fornecedor o modelo do material, sua altura e quantos metros lineares ou quadrados serão necessários. “Com base nesses dados, é possível realizar o cálculo do número de painéis para atender à demanda”, afirma. O mercado oferece alternativas com medidas variáveis, sendo que cada opção é indicada para determinado uso.

O comprador também tem que indicar o tamanho da seção fixa, composta pelos gradis e pilares, e as dimensões dos vãos dos portões, que permitem o acesso à área cercada. “Precisam ser disponibilizados para o fabricante os dados sobre a altura e o comprimento de ambas as partes do sistema”, comenta Frutuoso, lembrando que, se necessário, a empresa pode enviar um técnico ao local da instalação para conferir as medidas.

A construtora escolhe também o acabamento da solução, indicando qual tonalidade combina mais com seu projeto. “O gradil metálico pode ser galvanizado a fogo e também receber a pintura eletrostática, feita tanto sobre o aço bruto quanto no galvanizado”, diz Paola. O revestimento é aplicado quando o sistema está completamente pronto, ou seja, após realizados todos os cortes, furações e ajustes.

A galvanização a fogo agrega o zinco ao sistema, criando uma proteção contra ferrugem com previsão de durabilidade que varia entre 20 e 30 anos, dependendo das características da região de instalação (urbana, litorânea ou rural). Já a pintura eletrostática é realizada por meio de descargas elétricas que fazem o pó de revestimento se depositar no gradil. Depois, o produto é aquecido a 300°C por 15 minutos para que o pó derreta e encape a solução, dando a cor escolhida pelo comprador.

Frutuoso ressalta que é preciso seguir as orientações do fabricante quanto ao acabamento de superfícies. “Quando o cliente, por questão de custo, elimina a pintura eletrostática ou a galvanização, o fornecedor não oferece garantia. Afinal, como ambos os procedimentos oferecem proteção contra a oxidação, sua ausência faz com que qualquer arranhão tenha potencial para desencadear um processo de ferrugem”, adverte.

Durante a compra do gradil metálico, a construtora pode negociar com a empresa fabricante e adquirir outros serviços. “Há a opção de contratar a mão de obra para executar a instalação, que tem um valor separado do preço do produto”, diz Paola.


NORMAS TÉCNICAS E QUALIDADE

Os gradis metálicos não contam com norma específica, no entanto, certos procedimentos usados na fabricação têm seus documentos técnicos. “É o caso da galvanização a fogo, que deve seguir as determinações da ABNT NBR 6323 — Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro fundido”, exemplifica Paola, lembrando que, para os materiais eletrofundidos, existem as publicações do American National Standards Institute (ANSI).

Outra recomendação para os fabricantes é que, na compra da matéria-prima, seja exigido o certificado da usina sobre a composição do aço. “Um problema no país é que ainda há certa cultura de buscar gradis manuais feitos por serralherias, porém nem todas têm os requisitos técnicos para executar o produto. Ao optar por esse caminho, com o tempo, o dono da obra terá custos elevados de manutenção ou reposição”, fala Frutuoso.


MANUTENÇÃO

Se o gradil metálico foi galvanizado a fogo, praticamente dispensará futuras manutenções, além de uma simples limpeza com água. “Devido ao revestimento, reduzimos bastante a possibilidade de corrosão. Pode ocorrer, com o tempo, de as intempéries deixarem a solução com aspecto um pouco opaco e, nesse caso, pode ser realizada uma repintura para devolver ao sistema seu aspecto visual original”, finaliza Paola.


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